Do escuro, surge a luz.
E da luz, o reflexo.
No reflexo, o vermelho.
A transparência hei de se sobrepor
Porém sobrepõem-se a dor.
Então colheremos o distante.
Apoiado sobre os ombros,
Mostra-lhe o belo,
Mas ofusca-lhe a beleza.
Hoje cedo acordei,
Abri os olhos,
Estavam vermelhos.
Coloquei a lente,
Um tanto transparente,
Como profunda poesia,
Ainda doía.
Repousei os óculos sobre a face,
Tua clareava-se, belo enlace.
E bela antagonia:
Quanto mais se enxergava
Mais nerd se fazia.
" E um dia todos nós percebemos que teremos que escolher entre não enxergar
- ou usar óculos."
E eu fiquei sem ver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário