quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Meus Medos.

Eu sou uma daquelas pessoas que tem medo de amar. Medo de se apegar… E tudo isso pelo simples fato de, possivelmente, me machucar. Eu sou uma daquelas pessoas que odeia a impulsividade. Odeia por ser previsível. Por saber que não se tem nenhum controle quando ela – a impulsividade – entra em ação.

Desde sempre esse medo e esse ódio me acompanham. Lembro-me que quando criança evitava brincar de correr, pular ou saltar, por medo de me machucar. Nunca quebrei um braço, uma perna ou qualquer parte do meu corpo. Sempre fui prevenida.

Agora, essa raiva acumulada por conta da impulsividade, é um show a parte. Vontades, desejos, pensamentos…, isso tudo me irrita, por consumir boa parte do meu tempo. E se tem uma coisa que eu não tenho é tempo.





Eu olho para os lados e vejo, em todos os cantos, as mesmas coisas, as mesmas pessoas, os mesmos assuntos, as mesmas atitudes. Às vezes parece-me complô. É tudo tão previsível. Tudo tão, horrivelmente, agendado e datado. É tudo tão rotineiro…

Ultimamente tenho perdido com bastante frequência a chave que, supostamente, é o que abre essa coisa que pulsa dentro de mim. Usei o ‘supostamente’ porque não tenho mais certeza de um coração aqui dentro. E, eu não possuo essa certeza, por que ninguém nunca ousou entrar ou, simplesmente, me ajudar a procurar a chave que insiste em desaparecer. Ou será que é por que eu não deixo?

De qualquer forma, o meu corpo tem um alto poder de defesa, e eu não estou falando de anticorpos ou antibióticos, mas sim do meu cérebro. Estranho? Sim, talvez. Mas eu prefiro segui-lo. Pelo menos, é a única forma de esse ‘monstro da impulsividade’ não me persegui.

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